O conceito de saúde preventiva é muito simples: trata-se de adotar medidas preventivas, antecipadas para preservar o seu bem-estar e evitar doenças. Este é um trabalho que requer dedicação e acompanhamento diário, uma vez que, no nosso dia a dia, nos deparamos com diversas situações com potencial prejudicial à nossa qualidade de vida. Na prática: imagine que uma pessoa que lida com dores de cabeça frequentes.
O conceito básico de saúde contempla a ação medicamentosa sempre que os sintomas desconfortáveis surgem. A medicina preventiva, entretanto, sugere que seja feita uma investigação do contexto que favorece o surgimento destes sintomas, o que causa a dor para agir de maneira preventiva evitar que a dor se manifeste em primeiro lugar. Esse processo exploratório pode identificar diversos hábitos e possibilidades que resultam nas dores de cabeça. Ao longo da investigação, pode ser constatado, por exemplo, que esse indivíduo está inserido num contexto de alto estresse, o que causa o ranger de dentes, resultando em dor de cabeça. Ou, ainda, que o longo tempo de exposição a telas sem proteção ou descanso pode ser a razão das dores. Pode-se identificar também que o desconforto pode ser fruto de má alimentação ou poucas horas de sono.
Assim, a medicina preventiva é capaz de resolver o mistério das dores de cabeça, classificando-a como resultado de maus hábitos e não necessariamente um problema de saúde crônico. Ao invés de receitar medicamentos para a dor de cabeça, a ação investigativa de prevenção pode identificar a solução na rotina do paciente. A adoção de hábitos alimentares mais saudáveis, uma rotina menos estressante, uma placa antibruxismo, diminuir o uso de telas antes de dormir em busca de um sono mais saudável, pausas estabelecidas para alimentação e alongamento, entre outros pequenos movimentos focados em construir um ecossistema de saúde que evite o surgimento da dor de cabeça em primeiro lugar.
Fazer da saúde preventiva um hábito é importante para minimizar o uso de medicamentos em excesso, especial – mente a automedicação. Adotar medidas preventivas derivam em melhores resultados a longo prazo, uma vez que se passa a atuar na raiz do problema, ao invés de agir apenas na questão imediata. Identificar e adaptar contextos e situações que originam doenças refletem em maior qualidade de vida!
Entender a saúde como um ecossistema de áreas é ter uma visão 360º de todos os fatores que compõem o nosso dia a dia e atuam diretamente no nosso bem-estar. Em 1946, a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu saúde como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas como a ausência de doença ou enfermidade. ”
Logo, o conceito de saúde engloba outros aspectos para além do bom funcionamento do corpo humano. Fatores como bem-estar social, emocional e até financeiro também precisam ser levados em consideração na hora de avaliar se alguém de fato goza de boa saúde. Enxergar a saúde como um conceito integral é entender o papel que outros fatores desempenham no bem-estar das pessoas. Por exemplo: mesmo que alguém não esteja apresentando sintomas desconfortáveis ou preocupantes, mas se encontra em situação de vulnerabilidade financeira, constantemente preocupado com dívidas, cobranças e a falta de perspectiva monetária, supõe-se que é apenas uma questão de tempo até que isso se manifeste fisicamente, seja através da má alimentação, dificuldade em dormir, estresse, etc.
Enxergando a saúde de forma integral: saúde mental, física, emocional, financeira e social.
O mesmo pode acontecer com pessoas que se encontram aparentemente saudáveis, mas lidam com fatores emocionais extenuantes, como depressão, ansiedade, e outros distúrbios de ordem mental e psicológica.
Não é tão fácil reconhecer e diagnosticar adoecimentos fora do âmbito físico. Seus sintomas são frequentemente ignorados e requerem tratamento terapêutico. Entretanto, o acompanhamento psicológico muitas vezes tem sua eficácia menosprezada, embora, com o tempo, esses sintomas apresentem-se fisicamente através de alterações no sono, perda ou ganho excessivo de peso, alterações no humor, dores de cabeça, dores no estômago, entre outras manifestações.
Por isso, é importante que todos os fatores sejam levados em consideração ao avaliar a saúde do indivíduo como um todo. Uma vez identificados os fatores agravantes em cada âmbito da pessoa, veremos a seguir como atuar em cada ponto de atenção constatado.
Faça o planejamento de suas consultas médicas e psicológicas de 2024 .
Entre em contato com a Clare e saiba como melhorar sua qualidade de vida.